Economia

Cervejarias artesanais debatem nesta quarta regulamentação da Reforma Tributária na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado

Cervejarias artesanais debatem nesta quarta regulamentação da Reforma Tributária na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado

Cervejarias artesanais debatem nesta quarta regulamentação da Reforma Tributária na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado

Entidade que representa 1800 pequenas e médias cervejarias que operam no país alerta para riscos e injustiças na regulamentação do chamado Imposto do Pecado

O presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal – Abracerva, Gilberto Tarantino, participa nessa quarta-feira (09), a partir das 14 horas, de uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para debater os impactos do Imposto do Pecado na regulamentação da Reforma Tributária, PLP 68/2024.

O Imposto Seletivo ou Imposto do Pecado, é um tributo cuja criação está prevista na Reforma aprovada em 2023 e deve entrar em vigor a partir de 2027, incidindo sobre produtos e serviços que podem causar danos à saúde ou ao meio-ambiente.

“O Brasil precisa da Reforma Tributária. Para 77% das pequenas e médias cervejarias a principal barreira são justamente os impostos. Por isso a reforma precisa ser justa, corrigir distorções, simplificar a apuração dos impostos e desonerar investimentos”, avalia Tarantino, citando dados de levantamento realizado pelo portal Guia da Cerveja.

O empresário destaca ainda que das 1847 cervejarias registradas no país cerca de 1800 são pequenas e médias. Sua produção, entretanto, representa aproximadamente 1,5% do mercado.

Para tornar a reforma justa e eficiente a Abracerva defende três pontos básicos. Que as alíquotas do Imposto do Pecado sejam proporcionais ao teor alcoólico, pois segundo a Organização Mundial de Saúde esta é a forma mais eficiente de desestimular consumo abusivo e proteger a saúde.

Que as pequenas empresas enquadradas no Simples Nacional, ou cervejarias que produzam até 5 milhões de litros por ano, sejam isentas do novo imposto de forma a equilibrar e dar competitividade para empresas familiares de bebidas em geral, que tem um papel cultural, histórico, turístico e de geração de renda nas comunidades onde estão inseridas.

Por fim, a associação alerta para o risco da bitributação e elevação da carga tributária durante o período de transição dos sistemas novo e atual, já que entre 2027 e 2033 os impostos irão coexistir. “O aumento de tributos seria fatal para pequenos negócios. Muitas empresas não sobreviveriam ou deixariam de investir e crescer, como já está acontecendo”, completa Tarantino.

O ritmo de abertura de novas cervejarias pelo Brasil segue bastante acima da variação do PIB e do crescimento médio da indústria nacional. Porém, indicado desaceleração. Segundo dados do Anuário da Cerveja 2024, produzido pelo MAPA e divulgado em parceria com o Sindicerv, a quantidade de cervejarias cresceu 48% em 2016, 30% em 2018, 14,4% em 2020 e 6,8% de 2022 para 2023.

Gostou do conteúdo?! Compartilhe!
whatsapp button