Política

Nunes e Boulos trocam ataques e apagão fica em 2º plano durante debate

Nunes e Boulos trocam ataques e apagão fica em 2º plano durante debate

Nunes e Boulos trocam ataques e apagão fica em 2º plano durante debate

A uma semana do segundo turno, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) adotaram estratégias distintas para alcançar o mesmo objetivo no debate realizado pelo Estadão e pela TV Record na noite deste sábado, 19. Em busca de aumentar a rejeição ao adversário, ponto central na segunda etapa da eleição, o prefeito de São Paulo tentou pintar Boulos como radical, enquanto o candidato do PSOL sugeriu que a administração de Nunes é corrupta e ineficiente.

A falta de energia elétrica, que dominou o debate da Band no início da semana, também esteve presente, mas sem a predominância anterior. Seguindo o script já conhecido, o candidato do PSOL criticou o prefeito pela falta de poda e manejo das árvores e Nunes responsabilizou o governo federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por não romperem o contrato com a Enel. Ambos defenderam o fim do contrato com a concessionária.

O prefeito explorou posições progressistas do adversário e do PSOL sobre segurança pública, drogas e aborto. Boulos se defendeu adotando posições mais moderadas das que já expressou no passado, como vem sendo a tônica na campanha. O deputado considerou que Nunes falha em resolver temas do dia a dia da população, como o apagão, a entrega de remédios nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a demora no cadastro para obtenção do Bolsa Família e a falta de entrega de novos Centros Educacionais Unificados (CEUs).

Ele questionou o prefeito sobre a Máfia das Creches, esquema de desvio de recursos públicos no qual Nunes é investigado pela Polícia Federal, e sobre o fato de o ex-cunhado de Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), trabalhar na Prefeitura – Eduardo Olivatto é chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb). Segundo Nunes, Olivatto é concursado desde 1988, passou pelas gestões petistas e não está em posição de firmar contratos com a iniciativa privada.

Em determinado momento, o debate descambou para troca de acusações envolvendo as vidas pessoais dos candidatos: Nunes disse que o adversário fugiu da Justiça por uma acusação de dano ao patrimônio público em 2012 e não pagou o conserto do carro após uma batida. Boulos, por sua vez, declarou que o prefeito deu tiros para o alto na porta de uma boate em 1996 e citou boletim de ocorrência por violência doméstica registrado pela esposa de Nunes em 2011.

Os dois candidatos disputam o comando da Prefeitura da maior cidade do País. No primeiro turno, Nunes obteve 1.801.139 votos (29,48% dos votos válidos), enquanto Boulos recebeu 1.776.127 votos (29,07%).

Estadão

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